quarta-feira, 13 de maio de 2009
SAUDADE.
Cortar o dedo dói. Água quente dói. Cair de bicicleta dói. Ralar o joelho ou tomar injeção também dói. São dores diferentes, mas não deixam de doer. Mas tudo isso passa. O tempo cura todas as feridas. De pouquinho em pouquinho tudo volta ao normal, e só o que resta alí é uma pequena cicatriz. Pena que no coração essa cicatriz quase nunca se fecha totalmente. Só há uma dor no mundo, a única que o tempo não é capaz de curar; só a faz ficar mais dolorsa a cada minuto.
Nós a chamamos de SAUDADE.
Ela bate forte. As vezes podemos matá-la com aquele reencontro, com aquele sorriso, beijo ou abraço. Porém, nem sempre isso é possível. Um parente falecido, um momento inesquecível, ou um amor não correspondido, deixam lembranças tão nítidas que nos machucam dia-a-dia, segundo a segundo. Talvez cesaremos esta dor quando reencontrarmos alguém importante na outra dimensão; no céu. Se é que ele existe.
As fotos não matam essa saudade; só nos faz fantasiar ainda mais aquele momento. Dando tempo ao tempo, posso até sem querer, deixar uma lágrima correr dos meus olhos, ultrapassar o rosto e desaguar em meus lábios. O famoso aperto no coração pode continuar mas sempre..a saudade será só...saudade. ♥
sábado, 9 de maio de 2009
Na minha opinião toda mulher é mais que poderosa. Dar a vida a um ser é divino. Onde já se viu coisa mais bonita? Você colocar no mundo alguém que presencie pelo menos os mais os próximos 80 anos;
Há mulher estéril, mas adotar uma criança é mais bonito ainda. Criar como se fosse TEU alguém que veio de outro ventre. Uma frase da Zíbia Gasparetto que eu jamais esqueci em 2 anos que a conheci é: “Ventre de aluguel, canal de união, da mãe estéril um filho do coração.”
Quando tem aquela ordem que mamãe dá e nós não gostamos dá uma completa raiva, mas se pararmos para refletir, aquela cabeça dura que não quer deixar-nos fazer algo...ela é..nossa MÃE. E quer o nosso bem.
Aguardou ansiosamente oito ou nove meses, para depois sorrir enquanto nos segurava nos braços com alguns segundos de vida. É mágico.
Minha mãe por exemplo é uma guerreira e tanto; não que seja minha mãe, mas nunca vi alguém tão guerreira quanto ela!
Ficar viúva com 28 anos; quando ela só sabia limpar a casa e cuidar dos filhos. Não sabia NADA de trabalho, era totalmente dependente do falecido marido. Até que num dia ele morre, e de uma hora pra outra ela tem que buscar o ganha pão. Trabalhar em quiosques, ignorar os assédios constrangedores, acordar às 5 da manhã e só ir dormir às 11. Tanto tempo se passou, tanta barreira ela conseguiu pular. Dívidas, medo, insegurança, mas jamais ela deixou que algum mal atingisse seus pequenos e frágeis filhotes.
Nasceu novamente no dia do acidente. Viver por MEIO centímetro quando a linha não pegou sua veia arterial do pescoço foi..ÚNICO. Perder tanto sangue e mesmo assim se preocupar com os cartões de crédito, cheques e documentos espalhados pela pista que eu fiz questão de recolher antes de ligar para a família avisando do desastre.
Já vão se fazer 3 anos desde o acidente e ficou tudo vivo em minha memória, como se fosse ontem.
Parece pouco mas não é.
Admiro cada mulher, a todo segundo. Toda mãe..só pelo fato de procriar e cuidar amorosamente de cada cria.
Muitas pessoas fazem de TUDO para se tornarem especiais, inesquecíveis. Minha mãe, com esse jeitinho marrento e instinto ‘mãezótico’ me conquistou assim que me amamentou pela primeira vez. Assim que me deu bronca a primeira vez. Assim que me ajudou a superar meus problemas graves de saúde pelas primeiras vezes. Assim que ela me mostrou a sua força de vontade de viver perante sua quase morte. Assim que ela me conquista TODOS OS DIAS.
Mas as vezes, mesmo tentando acertar, nossas mães erram. E são esses erros que as fazem refletir e aprender mais ainda. Até os erros servem de lição.
À todas as mães do mundo, meus parabéns, e feliz dia amanhã!
Em especial para a minha mãe..
MÃE, EU TE AMO. OBRIGADA POR TUDO ♥
quinta-feira, 7 de maio de 2009
a menininha da mamãe..entrar para a sociedade, ser responsável, ter uma filha..daí não serei só a pequena, serei A mulher. A LARISSA. Essa é a lei da vida, da sobrevivência.
domingo, 5 de abril de 2009
Aquela segunda feira!
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Baseada em fatos reais, Lay Bés.
domingo, 29 de março de 2009
Utopia.
A velha carrancuda sentava-se em sua cadeira de balanço na pequena varanda de seu antigo domicílio, longe da cidade, da loucura, dos problemas, as sós com os pássaros. E eu, com apenas 5 anos corria atrás da velhota, sentando-me em sua frente, bem quietinha, pronta para ouvir mais uma de suas histórias fantásticas. Nada disso poderia acontecer sem alguma música de fundo, e naquele entardecer, antes de nos prepararmos para viajar nos contos, minha avó colocou uma música do John Lennon em seu toca discos empoeirado, mas que ainda funcionava em plena era de rádio, disckman e logo viria o Mp3. John não era de sua época, o conhecera há pouco tempo e queria apresentar-me mesmo sendo estrangeiro. Estava para nascer um outro gosto musical na pequena netinha.
Na música, Lennon pedia-nos para irmaginar um mundo melhor, e minha avó pedia para que eu fechasse os pequenos olhinhos e me ligasse somente à música, esquecendo de onde estava. Era difícil, eu era só uma criança. Hoje, quando lembro de tudo que aconteceu naquele dia, chego a ficar arrepiada, fecho os olhos como antes e crio mentalmente um filme onde vejo pessoas solidárias, um lugar onde não há guerras, fome ou violência. Até racismo e desigualdade. Eu sei que é utopia, pois quando a música acaba eu volto para o HOJE e vejo que isso não existe como em meu sonho rápido, mas também me lembro que sonhar não custa nada e agora, já se passaram 10 anos desde aquela época onde eu ainda não imaginava que poderia presenciar tudo o que presencio HOJE.
.YOU MAY SAY I'M A DREAMER- John Lennon;
sábado, 28 de março de 2009
A minha ALMA GÊMEA ♥
Ps: texto republicado; era de meu antigo blog, e o coloquei novamente por motivos PESSOAIS.
Base: J