domingo, 5 de abril de 2009

Aquela segunda feira!

Não faz muito tempo. Talvez alguns dias, umas semanas. Não digo alguns meses, pois se fosse assim não lembraria tão lucidamente daquela tarde, já que minha memória não anda tão boa nos últimos tempos. É tudo tão corrido, praticamente não tenho tempo para respirar. Eu entrei no meu quarto e bati os olhos naquele rádio de segunda mão e meu computador ligado. Ah, era segunda-feira a tarde, eu estava sozinha em casa e minha internet não pegaria naquela tarde, só no próximo 6º dia ou mais de madrugada. Ser pobre é outra coisa. Então liguei o velho rádio empoeirado e não passava NADA útil na rádio local. Francamente, um dia ensolarado desses, eu trancafiada em casa, esperar chegar a minha hora; não a hora de morrer, claro que não, a hora de tomar o banho e ir para mais um dia de luta naquela escola de dois andares lotados de câmeras mais parecendo uma prisão. Eu mal podia esperar para chegar a noite, mas ainda faltavam algumas dolorosas horas.O computador permanecia ligado, e eu realmente nem sei porque. Acho que o photoshop estava me chamando mentamente, mas aí lembrei que a tarefa de Web Designer deveria ser feita para entregar no dia seguinte. Pouco me importei com aquilo, eu poderia muito bem chegar na aula e dar uma daquelas desculpas infalíveis que meu CorelDraw não funcionava, ou até mesmo que internet não pegava muito bem de madrugada após o colégio. Ah, o colégio, de novo lembrando daquela tortura. Quem vê até pensa que não é tão ruim assim, mas aguentar Sociologia, Filosofia e a velha professora de português naquela segunda feira, MALDITA segunda feira era bem torturante sim.Voltando ao meu assunto principal, deixei com que um cd de fotos rolasse como slyde na tela do computador. Queria achar algumas fotos antiguinhas, onde eu não tinha ficado tão feia. Acabei por subir em cima da cama, com aquele rock pauleiro tocando no som. Finalmente eu tinha achado um cd no meio da bagunça. Então comecei a pular e me descabelar. O celular tocou. Ah, ALELUIA, esperei tanto para ouvir a bendita musiquinha que não tocava a dias a não ser pelo despertador. Eu não quero parecer dramática mas era torturante ver um nome feminino naquela pequena telinha onde eu esperava ser de outra pessoa. Era minha irmã mais velha. Ah não, ela nunca me ligava a não ser para perguntar se eu podia fazer um favor pra ela. Fingi que não vi a ligação e voltei para a minha alegria.Um estrondo bem forte vinha de onde eu fazia a pequena festinha e foi aí que eu percebi que minha cama tinha ido por água abaixo e eu mesma já podia imaginar a tremenda bronca que levaria quando minha mãe visse aquilo.Tudo bem, desliguei o som e o computador. Resolvi dormir, já tinha acontecido coisas não tão legais.Tentei pegar no sono e novamente o telefone tocou. Eu deixei tocar mais três vezes e tive mesmo que atender. Se não atendesse logo minha mãe surtaria com o apavoro da minha irmã e ligaria em casa. Capaz até de colocar a polícia atrás da filha caçula. Que desgraça! Era para fazer um bolo porque ela estava chegando.Bolo?Como assim?Eu sei fazer, mas eu tava querendo dormir.Tudo bem, fui fazer e deixei que assasse. Coloquei o relógio para despertar, mas peguei no sono estatilhada no sofá.Depois de quase uma hora e meia, acordei com minha irmã aos berros.Além de estar meia hora atrasada na escola, o bolo tinha virado totalmente carvão.Não escutei o despertador.Bem que podiam fazer alguns sons mais altos não?É, realmente não. A lerda foi eu, que não tirou o celular do vibracal!.

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Baseada em fatos reais, Lay Bés.

Um comentário:

  1. éé, eu conheço bem esses dias em que tudo dá errado..mas o melhor a fazer nesses dias é tentar rir de si mesma, é ou não é? blog muito legal, vo voltar mais vezes, bjoos!

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